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sexta-feira, 25 de junho de 2010
Sedimento da dragagem do porto de Rio Grande pode gerar energia elétrica.
Projeto inédito utilizará lama retirada pelas dragagens para gerar energia elétrica e produzir material que poderá ser usado na construção civil.
A idéia pioneira de gerar energia a partir da lama retirada dos canais de acesso ao porto rio-grandino faz parte do projeto “Bioconversão dos Sedimentos de Dragagem do Porto do Rio Grande em Energia Elétrica”. O trabalho, que está sendo desenvolvido pelos pesquisadores e professores Christiane Saraiva Ogrodowski e Fabrício Santana, é vinculado ao Laboratório de Controle de Poluição da Escola de Química e Alimentos (EQA) da Universidade Federal do Rio Grande
De acordo com o projeto, o processo inicia com a captação do material dragado nos canais de acesso ao porto. Posteriormente ele é descarregado em um píer adaptado e armazenado. Com o auxílio de um hidrociclone é separado o material inerte, sendo aproveitado o material orgânico (doador de elétrons), que recebe eletrodos que captam os elétrons, produzindo eletricidade. A idéia pioneira, em usar o material de dragagem para gerar energia elétrica, deve-se ao sedimento marinho conter grandes quantidades de ferro e enxofre.
Além da produção de energia elétrica o resultado do processo gerará um sedimento limpo (areia), que poderá ser usado na construção civil e em aterros. Hoje o sedimento da dragagem não pode ser utilizado para esse fim por conter grandes quantidades de material orgânico.
No cenário menos otimista pode-se gerar com 0,1% de material orgânico 14 MW/h de energia elétrica, que corresponderia ao valor de R$ 77 milhões, o que cobriria os custos de dragagem. Já no cenário mais otimista poderia gerar-se 580 MWh de energia elétrica, o que equivale a uma usina termoelétrica, obtendo R$ 6,2 bilhões.
O projeto já foi aprovado pelos órgãos competentes e iniciará os trabalhos em poucos meses.
Mais detalhes em: www.portoriogrande.com.br
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