O isolamento geográfico criou uma terra de prodigiosa riqueza biológica. Pressões populacionais e instabilidade política, porem, aceleraram a pilhagem de Jacarandá, minérios e pedras preciosas. A terra da baunilha cedeu aos encantos do capitalismo e passou a destruir sua natureza.
O desmatamento desenfreado foi estimulado pela queda do governo de Madagáscar, em março de 2009, e pelo insaciável apetite de compradores chineses, que em poucos meses importaram mais de 200 milhões de dólares de jacarandá, extraído das matas do nordeste do país.
O comércio ilegal de animais aos olhos da lei, que é corrupta por lá também, junto com o desmatamento e a extração de minérios estão destruindo a biodiversidade daquele que já foi um dia a terra paradisíaca do amor.
Cabe destacar que nas cidades turísticas com seus hotéis de luxo e praias maravilhosas, não se vê essa destruição do ambiente, mas nos mercados públicos se encontram as pedras preciosas e animais silvestres ilegais que turistas ocidentais compram e sustentam esse crime.
A avenida dos Baobás, uma área próxima a Morondava e protegida desde 2007, é tudo o que resta de uma densa floresta, queimada para dar lugar a plantações. Os Baobás, que se elevam a 24 metros ou mais, são valorizados pelos frutos e pela casca.
No Parque Nacional Masaola, um lenhador extrai ilegalmente a madeira negro-arroxeada do Jacarandá. Ele é um entre centenas de ex-agricultores e moradores da cidade que invadem o parque. Recebe seis dólares para cortar uma árvore que irá render milhares de dólares aos exportadores
Marcas profundas na terra são deixadas pelos mineiros que buscam safira nos arredores de Ilakaka, cidade que nasceu depois da descoberta dessas pedras, em 1998. Em 2009, um terço das exportações mundiais de safira provinha dessa região, mas agora os níveis despencaram.
Mercado local na cidade de Antsirable atrai vendedores de farinha, assim como crianças famintas que mendigam. Menos familias enviam suas crianças para a escola à medida que a economia sofre declínio de ajuda e turismo após uma cisão política em 2009.
Vende-se um Lêmure-de-cauda-anelada, 4 meses de idade, 50 dólares ou melhor oferta
Fonte: Revista Geográfica brasileira
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